O segredo da saúde, mental , corporal e espiritual ,está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas,mas,viver sabiamente e seriamente o presente. (DALAI LAMA)


quinta-feira, 10 de maio de 2012

SÍNDROME DE DOWN E EXERCÍCIOS FÍSICOS


As crianças portadoras da síndrome apresentam 47 cromossomos no núcleo de cada célula ao invés dos normais 46 herdados do pai e da mãe sendo 23 de cada um. Os cromossomos contêm a herança genética e o extra localiza-se no par 21. A identificação da criança com a síndrome é feita imediatamente após o nascimento, confirmando as probabilidades já sabidas durante a gestação através de exames feitos entre a 8ª e 11ª ou 14ª e 16ª semanas de gravidez respectivamente, amostra vilocorial e amniocentese. A ultra-sonografia e alfafetoproteína materna feitos durante a gestação também ajudam no diagnóstico.
Para os profissionais que vão trabalhar com essas crianças é preciso conhecer muito bem as características físicas para melhor executar o seu trabalho, são elas: Olhos pálpebras estreitas levemente oblíquas com prega de pele no canto interno chamadas de prega epicântica. Íris pequenas manchas brancas chamadas de manchas de Brushfield. A Cabeça geralmente menor e a parte posterior levemente achatada. Boca pequena e muitas vezes se mantém aberta com a língua projetando-se para fora. Mãos curtas e largas. Musculatura de modo geral mais flácida. Orelhas pequenas e conduto auditivo estreito. Dedos dos pés geralmente curtos com espaço maior entre o dedão e o segundo dedo. Algumas crianças têm pés chatos.                                                                           
É importante lembrar que não existem diferentes graus de Síndrome de Down , As crianças maiores vão ser mais ou menos desenvolvidas de acordo com as oportunidades dadas pela sociedade durante o seu crescimento. Elas se desenvolvem de maneira bastante semelhante às crianças normais, porém com um ritmo um pouco mais lento.
Os Profissionais de Educação Física cuidarão do desenvolvimento psicomotor em cada etapa da criança. A hipotonia é uma característica presente desde o nascimento e tem origem no sistema nervoso central afetando toda a musculatura e os ligamentos da criança. Espontaneamente tende a diminuir com o passar dos anos, mas essa recuperação pode ser acelerada com estímulos adequados desde o nascimento. Como toda criança, as portadoras da Síndrome irão controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, ficar de pé, andar, correr, saltar e arremessar, exceto se tiver outro problema além da Síndrome de Down. Elas irão brincar e explorar toda variedade de movimento dominando o equilíbrio, a postura, a coordenação motora e a noção espacial desde que tenham espaço. Portanto, as crianças com Síndrome de Down precisam de cuidados, não de exageros a ponto de deixá-las isoladas do mundo.
Os professores de Educação Física , devem enfatizar: o equilíbrio, a coordenação de movimentos, a estruturação do esquema corporal, a orientação espacial, o ritmo, a sensibilidade, os hábitos posturais e os exercícios respiratórios. As brincadeiras na areia com diversos tipos de material estimulam a sensibilidade e a criatividade das crianças. Outras brincadeiras comuns na infância tais como pular corda, jogar amarelinha, jogos de imitação, brincadeiras de roda, subir em árvores, caminhadas longas, brincar no parque no balanço, escorregador e gangorra fazem parte do estímulo psicomotor global. Claro, tudo tem que ser acompanhado de perto, mas sem interromper a criatividade e a audácia da criança. A interferência só deve existir quando houver risco à saúde ou de vida, mesmo porque não dá para prever o quanto cada uma irá desenvolver.
Erroneamente no passado essas crianças eram rotuladas como deficientes mentais e hoje se sabe que elas apenas têm um desenvolvimento mais lento. Elas devem ter acesso à atividade física regular. As crianças com Síndrome de Down se desenvolvem normalmente se acompanhadas, tratadas e estimuladas desde cedo. Vários trabalhos mostram que as respostas fisiológicas induzidas pelo exercício físico são semelhantes às não portadoras e a expectativa de vida aumentou a partir do acesso à informação ajudando a quebrar o preconceito.


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